Santa Catarina/Rio Grande do Sul

37ª Dia - 01 de março de 2014 - Urubici/SC, Porto Alegre, Camaquã/RS Apesar do frio, acordei cedo e depois do café fui até o centro da cidade onde funciona o escritório do Parque Nacional de são Joaquim. Depois de alguns minutos sai com a autorização para adentrar ao Morro da Igreja.

Próximo da cidade, o Morro abriga uma estação do Cindacta que controla o espaço aéreo, sendo que o local tem acesso restrito. Mas o objetivo meu era a Pedra Furada, um imenso monumento natural com uma grande abertura no centro, semelhante a um portal.

Apesar do forte nevoeiro e do frio, tirei algumas fotos no local enquanto reencontrava a turma do dia anterior.

Me despedi da galera e logo depois estava na SC 430 rumando para Bom Jardim da Serra e Serra do Rio do Rastro. 45 km depois tomei a SC 438 e com mais 30 km já estava em Bom Jardim para logo depois avistar a Serra do Rio do Rastro que é um dos locais obrigatórios para todos os motociclistas estradeiros passarem um dia. Convém esclarecer que a Serra do Rio do Rastro se localiza no municipio de Lauro Muller. Fui recebido com muita neblina e mal dava para ver a placa que indicava o local. Temi não conseguir tirar boas fotos. Iniciei a descida parando em cada curva para fotografar. Apesar da neblina, pude ver a beleza daquela serra e entender porque esta estrada é um ícone. Extasiado, cheguei ao final da serra e decidi subir os poucos mais de 15 quilometros com curvas a cada 100 metros. E assim fiz até o topo.

Agora sim conssegui fotos melhores . Muito feliz, desci outra vez a estrada que serpenteia serra abaixo e logo depois já estava cruzando a divida de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul pela BR 101.

Passei por Terra de Areia e em Osório tomei a BR 290 até POA. Domingo, dia tranquilo em Porto Alegre, foi fácil chegar até o Palácio do Governo para as fotos de praxe. Fique na dúvida se pernoitaria ali ou seguiria adiante.

Decidi rodar um pouco mais e passei ao largo do Rio Guaiba, agora pela BR 116. Cansado, depois de rodar 540 km no dia, cheguei à noitinha em Camaquã, onde pernoitei. 38º Dia - 02 de março de 2014 - Camaquã a Chui/RS Excitado com a possibilidade de chegar ao extremo sul do Brasil e assim cumprir o desafio Cardeal Fazedor de Chuva levantei cedo. No dia anterior tinha feito contado com o Max Quevedo, motociclista que mora em Capão do Leão e faz um belo trabalho social em sua academia de artes marciais. Próximo de Pelotas tomei a BR 293 para chegar em Capão do Leão, 10 km à frente. Depois de localizar a casa dele, fiquei triste por não encontrá-lo. Esperei meia hora, mas com o tempo estourado, parti sem conversar pessoalmente com ele. Fica para a próxima! Agora pela BR 471, passei pela Reserva do Taim com a Lagoa Mirim à direita e a Lagoa Mangueira à esquerda durante um bom tempo da viagem. Diferente das reportagens que assisti há algum tempo, não vi animais mortos na beira da estrada.

Depois de passar por Curral Alto, Árvore Só e Santa Vitória do Palmar, finalmente cheguei ao Chui, extremo sul do Brasil. Sensação maravilhosa, não pude deixar de vibrar. Apesar de ser gaúcho, moro no extremo norte do Brasil. Então, chegar de moto ao extremo sul é sem dúvida uma bela conquista.

Chui no Brasil é fronteira seca com Chuy no Uruguai. A cidade estava com movimento grande de pessoa e veículos. Dificil até identificar onde era Brasil e onde era o Uruguai. Procurei os marcos fronteiriços para tirar as fotos que comprovariam minha passagem pela cidade e depois fui almoçar um belo churrasco gaúcho. Eu mereço kkkk! Na empolgação esqueci meu capacete na moto e, para minha surpresa, quando voltei uma hora depois ele estava no mesmo lugar que deixei. Me desloquei até a aduana e fiz o trâmite de passagem pela fronteira com o Uruguay. Primeira vez que venho a este país e fiquei admirado com as boas estradas.

Neste dia rodei 460 km no Brasil e depois de mais 130 no Uruguay, pernoitei em uma pousada simples na cidade de Rocha. O tempo já dava sinais de que vinha muita chuva pela frente. Acumulo 14.880 quilometros nestes 38 dias de viagem.