sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Argentina III

43º Dia - 07 de março de 2014 - Comodoro Rivadavia a Rio Gallegos/Argentina

Acordei com o ombro esquerdo muito dolorido devido ao esforço do dia anterior. Apesar de ter um kit de primeiros socorros (aliás, dois kits pois o Emerson Cruz me deu outro quando passei por João Pessoa na Paraíba), descidi não tomar nenhum medicamento pois precisava ficar atento na estrada.
Não bastasse o vento o dia todo, ainda tem os guanacos, animais de cor marron, semelhantes a um pequeno camelo. Geralmente vivem em pequenos bandos de um macho e algumas fêmeas e constantemente são vistos na beira da rodovia.
Esses animais, sem nenhuma cerimônia, atravessam a pista quando querem e o motociclista tem que estar atento para evitar sérios acidentes.
Se você perceber estas animais, reduza a velocidade. É quase certo que vão atravessar a rodovia.
Outra vez o café ficou para a próxima parada em um posto de gasolina ou, estacion de servicios.
Como cada vez mais o frio estará presente, em cada posto é bom tomar um expresso quente.
Outra novidade que vi por aqui é que todos os postos tem uma máquina que serve água quente. Os viajantes enchem garafas térmicas para tomar o chimarrão durante a viagem.
O destino de hoje será Rio Gallegos a 770 km rumo sul.
Depois de rodar uns 300 km, já tinha percebido que a bateria estava ficando fraca.
Ao chegar em mais um posto de gasolina, deixei a moto ligada e abri o tanque com a chave reserva (sempre leve mais de uma chave da moto durante longas viagens).
Enquando abastecia, vi uma GS 800 com placa brasileira ali estacionada. Logo o dono dela chegou e me perguntou se "tudo aquilo era pressa?", se referindo ao fato de eu não ter desligado o motor da minha moto.
Expliquei a razão a ele enquanto nos apresentávamos. Ele é Paulo Stangles, motociclista que mora em Brasilia.
Como o destino dos dois era o mesmo, decidimos seguir juntos pelo restante do trajeto até Rio Gallegos.
Lá chegando, rachamos a despesa do hotel em apto duplo. Gastei 360 pesos.
À noite, enquanto jantávamos, trocamos informações.
Até aqui, com a graça de Deus, já percorri 17.000 quilometros. E dá-lhe vento!!

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